Casa sustentável: Saiba como reduzir o lixo doméstico

Escrito por Alinea Urbanismo | 22.10.2020

A geração de lixo é um dos maiores problemas globais. A humanidade chegou num ponto em que produzimos quase 1,5 bilhão de toneladas de resíduos ao ano. Isso significa que, em média, cada pessoa adulta gera 1,2 quilos de lixo todos os dias. Se nada for feito, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), teremos um aumento de 70% na geração de lixo em 2030. A boa notícia é que 60% de tudo que é jogado fora podem ser reciclados, 30% são resíduos orgânicos e somente 10% são irreversíveis (chamados de rejeitos). Isso significa que é possível, sim, diminuir a quantidade de lixo que produzimos, e essa tarefa deve começar dentro de casa.

Pode parecer óbvio, mas é importante ressaltar que o primeiro passo para diminuir a quantidade de lixo no planeta é reduzir o lixo que cada um de nós produz dias. E isso se faz adotando novos hábitos de consumo e valorizando produtos com maior durabilidade e que trazem, em toda sua cadeia produtiva, desde a fabricação até o uso e o descarte, conceitos de sustentabilidade. 

Em seguida, é importante entender como funciona o descarte dos resíduos gerados em casa, para que sejam destinados corretamente. Isso significa conhecer alguns princípios de compostagem – pois o lixo doméstico pode se tornar um composto supernutritivo para plantas de todos os tipos – e de reciclagem, ou seja, separar corretamente todo o material que pode ser reciclado e destiná-lo à coleta seletiva ou a ONGs que realizam essa atividade.

Além da redução do consumo e da reciclagem que são pilares princípio dos 3Rs há, ainda, a reutilização. Muita gente já pratica a reutilização sem nem se dar conta. Por exemplo, quantas vezes você já usou uma caixa, pote plástico ou outra embalagem de um produto para guardar algo? 

CONHEÇA ALGUMAS ATITUDES PARA REDUZIR OU DESTINAR CORRETAMENTE O LIXO PRODUZIDO EM CASA

Cuidados com os restos de alimentos

O problema do descarte de sobras de alimentos vem, muitas vezes, de um outro problema: o desperdício. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil desperdiça 26,3 milhões de toneladas de alimentos bons para o consumo por ano. Cada pessoa pode ajudar a melhorar esse índice utilizando os alimentos integralmente e descartando somente as partes que não estiverem boas para serem consumidas.

Por exemplo: talos de vegetais podem ser usados em tortas ou sucos; folhas de raízes como cenoura e beterraba ficam uma delícia em sopas e saladas; e cascas, como as de batata, também podem ser consumidas. Elas viram deliciosos chips se você lavar bem, secar e fritar em óleo quente. 

Outra maneira de reduzir a produção de lixo orgânico (como são chamados os restos de alimentos) é fazendo compostagem doméstica. A compostagem é um processo natural no qual micro-organismos ou minhocas degradam a matéria orgânica (sobras de alimentos, filtro de café, casca de ovos, saquinhos de chá, guardanapo usado, folhas secas, por exemplo), transformando-a em húmus – uma espécie de adubo muito rico em nutrientes, que pode ser usado, entre outras coisas, para adubar uma horta caseira e garantir vegetais frescos e sem agrotóxicos para a família.

Para fazer compostagem, pode-se usar composteira com ou sem minhocas, ou, ainda, utilizar a técnica de abrir um buraco em um pedaço do terreno (do tamanho desejado) e intercalar camadas de restos de alimentos com serragem. A compostagem, quando feita corretamente, não atrai moscas nem outros insetos e não produz mau cheiro.

Como reciclar resíduos sólidos

Depois de readequar e repensar o consumo e de reutilizar embalagens e outros objetos, o que não tem mais serventia pode ser descartado. O ideal é que sejam destinados à reciclagem sempre que for possível. 

Em alguns condomínios, geralmente onde o serviço é realizado pela prefeitura, a coleta é feita de forma geral, o que significa que todo material reciclável é colocado na mesma caixa coletora. Em outros lugares, em que cooperativas de catadores recolhe o material, faz-se a separação por tipo de resíduo (vidro, plástico, metais, papel).

Informe-se sobre qual tipo de coleta seletiva é realizado onde você mora e contribua com o serviço separando as embalagens e demais materiais e acondicionando-os limpos e secos em sacos plásticos. É importante não utilizar sacolas oxibiodegradáveis para o lixo reciclável.

A forma mais simples de fazer a reciclagem de lixo doméstico consiste em separar seus resíduos em duas categorias: recicláveis e não recicláveis. O lixo reciclável engloba todos os materiais que podem ser reciclados para voltar ao consumidor de alguma forma, seja como novos produtos ou matéria-prima. São eles: papéis (papelão, jornal etc), plásticos, metais e vidros.

Lâmpadas, pilhas e lixo eletrônico devem ser levados a postos de coletas (geralmente em supermercados de grandes redes há um posto de coleta que recebe esses materiais) e nunca descartados com os demais recicláveis.

O que pode ser reciclado

– Jornais, revistas, impressos em geral, caixas de papelão e embalagens longa vida;

– Garrafas, brinquedos, potes de cremes e xampus, embalagens de produtos de limpeza, sacos, sacolas, saquinhos de leite, tubos e canos e papéis plastificados, metalizados ou parafinados;

– Latas de cerveja, refrigerante e sucos; molduras de quadros e esquadrias; 

– Garrafas, vidros de conserva e frascos (retire as tampas dos vidros antes de descartar). 

Colocando em prática os 3Rs de maneira consciente e sistemática, é possível diminuir consideravelmente a geração de lixo doméstico, contribuindo para a manutenção do meio ambiente e para a qualidade de vida das próximas gerações.

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