Escrito por Alinea Urbanismo | 15.07.2021
O segmento imobiliário é um dos poucos setores que já está encarando uma retomada após um período de retração causado pela pandemia. Enquanto outros mercados ainda buscam formas de se recuperar, o setor de imóveis ainda tem previsão de crescimento para 2021.
De acordo com a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a aposta é de um aumento de 34% no volume de financiamentos imobiliários. Ideia reafirmada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). A entidade defende que o setor de imóveis segue atrativo se comparado com as aplicações financeiras tradicionais.
Além disso, quem tem acompanhado o noticiário nos últimos meses já deve estar familiarizado com o aumento da taxa Selic, que só neste ano passou de 2%, em janeiro, para 4,25% em junho. Esse é, com certeza, um dos assuntos mais comentados e especulados do momento. No entanto, se engana quem pensa que a novidade só interessa a investidores de renda fixa.
A taxa Selic é um dos indicadores mais importantes e que, direta ou indiretamente, tem reflexo na vida de toda a população brasileira. Uma vez que, ela é empregada na rentabilidade da poupança, nos custos de créditos e, sobretudo, no cálculo das prestações de empréstimos. Ela serve de base, por exemplo, para operações de crédito como o financiamento de imóveis.
Os impactos no setor
O mercado imobiliário tem apresentado uma retomada, após um período de estagnação. Esta situação, naturalmente, tende a elevar o valor dos imóveis no longo prazo, o que beneficia os investidores do setor. Com isso, há um consenso entre os especialistas de que o momento ainda está favorável para investir no sonho da casa própria. Este investimento é tanto para quem busca por imóveis prontos, quanto para os que preferem loteamentos para construir.
Esse fenômeno ocorre porque as taxas de juros do crédito imobiliário continuam na mínima histórica – com índices a partir de 6,25% ao ano, nas linhas da correção monetária pela Taxa Referencial (TR), hoje zerada. No entanto, é claro que é importante ficar de olho na variação da Taxa Selic, visto que ela é a referência para qualquer transação que envolva juros, como é o caso dos financiamentos imobiliários. Dependendo do comportamento dela, você observa se é vantajoso buscar crédito ou alguma outra forma de pagamento.
Após seis anos de queda da taxa básica de juros, agora o ciclo começou a girar ao contrário. Esse processo, a longo prazo, pode vir a impactar diretamente o mercado imobiliário e as condições de financiamento da casa própria. Principalmente porque o aumento da Selic implica nos valores das taxas cobradas nos empréstimos imobiliários. Além de poder piorar as condições de crédito e alterar negativamente a atratividade do setor para investimentos.
Mas e você, sabe o que é a Taxa Selic? É extremamente importante entender o que este índice representa e como ele afeta a sua vida financeira.
O que é a taxa Selic?
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia ou, simplesmente, taxa Selic, trata-se do índice básico de juros do Brasil, e a sua meta é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), sendo a principal ferramenta de política monetária praticada pelo Banco Central (BC).
Ela é usada para estabilizar a moeda e manter a inflação oficial dentro da expectativa do governo. Além disso, sua variação precisa ser a mais adequada para assegurar a estabilidade dos preços e do consumo. Ou seja, o governo reduz os juros básicos quando os preços estão caindo muito, e eleva quando a inflação ameaça ultrapassar a meta.
Como ela é definida?
A meta da Selic é determinada pelo Copom do Banco Central, que é formado pelo presidente e diretores da autoridade monetária. Essa definição acontece em uma reunião, realizada a cada 45 dias, para discutir o cenário econômico do Brasil e avaliar se há necessidade de alterar o índice.
Se o Copom concluir que a inflação está muito acelerada e ameaça ultrapassar o teto da meta, os membros podem decidir elevar a meta da Selic. Caso contrário, eles podem manter sem alteração ou ainda cortar a meta da Selic.
Tudo isso serve, principalmente, como estratégia para aquecer e desaquecer a atividade econômica de acordo com a inflação, ampliando ou reduzindo a oferta de moeda.
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