Escrito por Alinea Urbanismo | 18.06.2021
A pandemia forçou o isolamento e antecipou hábitos que levariam mais de uma década para serem incorporados na rotina da sociedade. E a adoção do home office por 46 % das empresas brasileiras, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), é um bom exemplo disso.
O modelo de trabalho remoto já era uma realidade no País, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo realizado, em 2018, identificou que 3,8 milhões de brasileiros já trabalhavam de casa. Só que esse número dobrou em poucos meses após a chegada da pandemia por aqui, confirmando a máxima de que os tempos de crise costumam acelerar tendências.
Com o funcionamento de apenas serviços essenciais durante o pico da crise sanitária, entre abril e setembro de 2020, o home office ganhou dimensões nunca antes imaginadas. Ainda de acordo com o estudo apresentado pelo IBGE, em outubro, já éramos 7,6 milhões de pessoas trabalhando em sistema remoto. Ou seja, milhares de postos presenciais vazios e um boom gigantesco de encontros e reuniões remotas via internet.
Contrariando uma cultura empresarial equivocada, que insistia em se manter no mercado, a novidade não alterou em nada o rendimento das empresas. Pelo contrário, algumas até conseguiram que os colaboradores dessem retornos acima da média esperada. Como consequência disso, há uma forte tendência de que as empresas mantenham esse novo modelo mesmo no pós-pandemia. Ou pelo menos, que passem a empregar um sistema mais flexível, mesclando dias de atendimento remoto e dias no escritório.
Esvaziamento dos escritórios
A passagem da Covid-19 mudou a vida de muita gente. E você já deve ter reparado que alguns cenários nunca mais serão os mesmos. Não só no que diz respeito a parte prática da vida ou do trabalho, mas nas configurações que resultam delas. Como, por exemplo, o desenho das cidades.
O crescimento do trabalho remoto, e a inevitável diminuição da necessidade de espaços físicos empresariais têm impactado diretamente o segmento imobiliário que apostava em grandes condomínios comerciais. E com o número de salas vagas aumentando a cada dia, especialistas da área acreditam que o índice de vacância deva seguir alto por mais alguns meses. Principalmente nos grandes centros urbanos, que vêm ao longo dos últimos anos investido mais pesado em espaços como estes.
Além disso, o espaço urbano deverá ser melhor planejado. Grandes arquitetos brasileiros acreditam que o futuro das cidades seja com projetos de quadras menores, mais aconchegantes, espaços centrais para encontros de vizinhos e serviços acessíveis de saúde.
Um novo jeito de morar
Os reflexos causados pela pandemia não param por aí. Em meio às rotinas transformadas pelo coronavírus e o isolamento que foi imposto à população mundial, muitas pessoas passaram a repensar o seu modo de morar. E a procura por imóveis maiores, de preferência abastecidos por uma área externa arborizada, disparou.
O confinamento social fez com que elas sentissem a necessidade ou vontade de morar em um imóvel com maior infraestrutura, com direito a quintal ou varanda. Com isso, a busca por qualidade de vida, principalmente em contato com a natureza, tem sido um dos principais movimentos.
As cidades do interior, com uma rotina mais pacata, estão no topo da lista de desejos de muitas famílias. Até mesmo o multimilionário, Bill Gates, acredita que essa seja uma tendência que veio para ficar. Conforme compartilhou no ano passado em um dos episódios de seu podcast.
Segundo um estudo feito pelo portal Imovelweb, a procura por terrenos no Brasil cresceu 202%, entre maio de 2019 e maio de 2020. Tendência que deve seguir acelerada, principalmente pela queda da taxa de juros, que tem favorecido todas as faixas e perfis de compradores. Além das facilidades de pagamento encontradas junto às loteadoras.
Os lotes são procurados especialmente por quem deseja construir sua casa própria e está em busca de um local mais tranquilo e seguro para viver. Esta também tem sido uma busca de pequenos investidores que compram lotes para construir imóveis e comercializar ou apenas para revender a terra.
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