A natureza, quando em harmonia com os espaços urbanos, pode gerar diversos benefícios para quem convive nesses ambientes. Você já reparou que estar diante do verde proporciona uma agradável sensação de bem-estar? Segundo especialistas, estar perto da natureza é capaz de proporcionar mais felicidade, reduzir o estresse e elevar a autoestima das pessoas.

Incorporada em prédios e salas, a natureza proporciona calma, estimula o aprendizado e a curiosidade, além de também melhorar o desempenho nas atividades. Ela ,ainda, tem ação terapêutica em crianças, sendo capaz de diminuir distúrbios de déficit de atenção e estimular a interação social dos pequenos. 

Benefícios que, da mesma forma, foram comprovados cientificamente em ambientes corporativos. O contato com plantas, flores e a convivência em espaços mais arejados, por exemplo, podem aumentar a produtividade e a criatividade dos trabalhadores.

E tudo isso graças ao que podemos chamar de arquitetura biofílica. Ou seja, é a incorporação de características do mundo natural aos espaços construídos. Principalmente, para que esses ambientes possam trazer benefícios à saúde das pessoas e promovam uma sensação de acolhimento.

Como funciona?

Embora o termo ‘biofílica’ pareça relativamente novo, por só agora estar despontando como uma tendência do mercado imobiliário. O seu conceito vem sendo trabalhado desde a década de 60 por arquitetos. Sempre na tentativa de reconectar o urbano à natureza. E isso acontece por meio da percepção olfativa, tátil, sonora e visual, criando uma relação de pertencimento com o lugar.

Essa técnica se aplica no uso de materiais naturais, na potencialização da iluminação natural e na ventilação cruzada. Além, é claro, da inserção de plantas nos espaços. O design biofílico pode ser pensado para a decoração de espaços residenciais já construídos. Assim como para os empreendimentos que ainda estão em obra ou até mesmo em ambientes públicos.

Desta forma, a reconexão com a natureza nos ambientes também gera a valorização do imóvel. Percepção confirmada por uma pesquisa realizada nos Estados Unidos. Os compradores americanos valorizavam, em média, os bens em 9,2%, quando  estes eram vendidos em ambientes mais biofílicos.

No entanto, você sabe como aplicar a biofilia na arquitetura? Separamos algumas dicas. Confira:

Vegetação

Inegavelmente, as plantas são a nossa referência imediata quando falamos em natureza. Por isso, é tão importante levar o verde para dentro de casa ou do ambiente de trabalho. Além disso, elas naturalmente atuam na purificação do ar do ambiente. 

Por isso, invista em jardins de inverno ou verticais, o que melhor se adequa ao tamanho do seu espaço. As hortas, horizontais ou de parede, também são uma boa opção. Além de trazer o elemento verde para casa, ainda garantem uma alimentação mais saudável para a família.

Iluminação Natural

Abra as cortinas e deixe o sol entrar. Mais do que aquecer nos dias frios, o sol também proporciona uma iluminação natural que traz aconchego e economia na conta de luz. 

Além disso, outro ponto importante está relacionado ao funcionamento do nosso organismo.  Quando estamos em ambientes iluminados artificialmente perdemos a noção do tempo. E, com isso, o cérebro não recebe a informação que está anoitecendo. Desta forma, deixamos de produzir melatonina, o hormônio que nos faz relaxar e garante um boa noite de sono.

Ventilação Natural

Aqui, as estratégias podem partir da adoção de sistemas ou elementos da arquitetura. Tudo para proporcionar conforto térmico no interior da edificação. É possível utilizar, principalmente, parâmetros como a área de entrada e a saída de ar, assim como a velocidade e a direção dos ventos.

Além disso, os brises e venezianas funcionam como mecanismo de proteção da radiação solar. Eles auxiliam na ventilação natural ao manter a temperatura interna mais amena. Desta forma, evitam que o ambiente ganhe calor por meio da radiação solar, por exemplo.

Uso de materiais naturais 

Materiais naturais como madeira, pedra e bambu são ideais no design biofílico. Eles oferecem uma variedade de texturas e padrões que reproduzem a variação sensorial que experimentamos na natureza.

Além disso, é interessante que a decoração tenha elementos do local em que a edificação está inserida. Como, por exemplo, se o imóvel está na praia, use objetos que tragam o mar para dentro de casa e, sempre que possível, aproveite materiais e revestimentos locais.

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Alinea Urbanismo

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